Como a inteligência artificial vai afetar a economia?
Um relatório do FMI destaca como o nível de preparação de um país para a IA será relevante no que diz respeito a maximizar os benefícios e lidar com os riscos de efeitos negativos da tecnologia
Um relatório do FMI destaca como o nível de preparação de um país para a IA será relevante no que diz respeito a maximizar os benefícios e lidar com os riscos de efeitos negativos da tecnologia
Rendimento de títulos dos EUA de 10 anos saltou de 3,8% ao ano no final do segundo trimestre para acima de 4,7%. Que causas podem ser apontadas como explicação para elevações nas taxas de juros nos títulos de longa duração em relação às taxas nos mercados monetários, que refletem as taxas básicas implementadas por bancos centrais? Duas são possíveis.
A curva de Phillips se mexeu. Pode-se imaginar o retorno da relação a como era antes da pandemia? Voltarão os juros baixos de longo prazo que prevaleceram no passado recente ou a “tempestade perfeita” trouxe mudanças estruturais?
Percepção de riscos de recessão nos EUA e na Europa tem sido um fator de peso na evasão de investidores, escreve Otaviano Canuto. Mesmo se sabendo que há uma defasagem temporal entre decisões de juros e seus efeitos, o Fed não poderá ignorar o que for ocorrendo com índices inflacionários mensais durante a travessia até o próximo ano, diz o articulista.
Além das mortes e da destruição, a invasão da Ucrânia pela Rússia, desde seu início, há menos de um mês, impactou toda a economia global, resultando em crescimento mais lento e elevação da inflação. Preços mais altos de alimentos e combustíveis de uso doméstico atingirão principalmente os mais pobres. A longo prazo, a guerra pode alterar fundamentalmente a ordem econômica e geopolítica global, com reconfiguração do comércio de energia e de cadeias de suprimentos. As redes de pagamentos internacionais também deverão se fragmentar, assim como os países poderão repensar suas reservas de moeda externa.
Entrevista concedida para a edição de fevereiro da Conjuntura Econômica
A transição para “zero” emissões envolverá três processos econômicos simultâneos. Antes de tudo, uma alteração significativa nos preços relativos de bens e serviços, com estes passando a refletir a intensidade de uso do carbono, cujo preço terá de subir de zero a patamares significativos. Adicionalmente, trabalhadores terão de ser realocados das atividades intensivas em carbono para seus substitutos verdes. Terceiro, haverá obsolescência acelerada dos estoques existentes de ativos físicos (máquinas e equipamentos, construções, veículos) e intangíveis associados a atividades intensivas em carbono. A contrapartida terá de ser o investimento acelerado nos novos ativos que lhes substituirão.
Uma delicada transição está em curso na economia dos EUA. Tanto autoridades fiscais quanto monetárias já deram sinais claros de não contar com –e desejar– o retorno aos patamares de inflação prévios à pandemia, algo inclusive manifesto na mudança de 2% ao ano para média e não mais teto. Agora, que critérios adotar para considerar ser a hora de apertar para impedir que uma inflação acima de 2% contamine credibilidade e expectativas é algo ainda longe de clareza.
Em seus 75 anos de história, as instituições nascidas em Bretton Woods, muitas vezes referidas como irmãs gêmeas de Bretton Woods, passaram por adaptação e transformação para responder à evolução da economia global e aos desafios por esta colocada. Mais recentemente, três mudanças na ordem internacional trouxeram um novo conjunto de desafios: o surgimento de novos polos geoeconômicos; a predominância de políticas nacionalistas sobre o multilateralismo; e a fragmentação do sistema de instituições plurinacionais.
Diretor executivo do Banco Mundial, Otaviano Canuto fala de um desempenho económico global em economias avançadas que “será melhor em 2017 do que o do ano passado”. O Relatório…