PODCAST Inflação – a do Brasil e a do mundo e CNN Incerteza quanto à evolução fiscal do país preocupa investidores, diz economista

 

A aceleração de preços é global. Mas aqui ela não apenas alcança taxas mais elevadas como tem motores específicos. Com a ajuda de dois estudiosos do tema, este episódio procura explicar tanto o fenômeno geral quanto as peculiaridades do caso brasileiro. Para a primeira tarefa, o convidado é Otaviano Canuto, ex-diretor-executivo do FMI e do Banco Mundial. De Washington, onde dirige o Centro para Macroeconomia e Desenvolvimento, ele analisa o momento histórico “extraordinário”, no qual o aquecimento da demanda (especialmente nos países ricos) não encontra correspondência na oferta (ainda impactada pelo efeito disruptivo da pandemia nas cadeias produtivas). Canuto descreve as faces da crise de energia em diferentes regiões e a escassez de mão-de-obra nos Estados Unidos – onde a inflação anualizada é a maior em três décadas. Na comparação com ciclos passados, ele vê vantagem no fato de hoje não haver a “dinâmica perversa da corrida entre salários e preços”, nem economias tão fechadas, o que oferece “possibilidade maior de substituição de produtos”. A questão principal, diz, é “quando os agentes privados acham que a situação vai se estabilizar”. E conclui: não antes do meio de 2022.

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Incerteza quanto à evolução fiscal do país preocupa investidores, diz economista

Otaviano Canuto afirmou à CNN que eleições de 2022 também vão deixar os agentes externos menos propensos a investir  19/11/2021 às 23:33

Em entrevista à CNN nesta sexta-feira (19), o economista e ex-vice-presidente do Banco Mundial Otaviano Canuto afirmou que há duas incertezas que preocupam os investidores externos sobre o Brasil. Uma delas é a relacionada à evolução fiscal e, como o especialista disse, a outra é “quanto á imprevisibilidade do que vem de Brasília”.